e premte, 29 qershor 2007

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Hoje tive um dia daqueles em que o marasmo domina cada segundo de todas as horas que vão passando. Em certos momentos sinto que estou a entrar numa depressão, numa daquelas em que sei que sou capaz de ultrapassar, simplesmente falta-me a força para continuar, para acordar todos os dias com um sorriso de orelha a orelha e viver todos os momentos com vivacidade e dinamismo.
Estou de férias, uma semana de descanso após tanto trabalho, e pela primeira vez sinto verdadeiramente a diferença de progresso entre a minha vida pessoal e a profissional. A profissional corre às mil maravilhas, sem qualquer entrave, apenas muito trabalho que se revela sempre como compensador, mas por outro lado o lado pessoal está a zero. Sinto falta de muitas pessoas na minha vida que parece que estão a desaparecer aos poucos, escapulindo-se nas suas próprias vidas esquecendo-se de tudo pelo qual já passamos. Pessoas que já fizeram parte das míticas 24 horas que separam momento de momento. E no entanto não sei o que se passa. Mesmo aqueles que vão ficando ou aparecendo, nenhum parece encaixar-se da forma que verdadeiramente devia. Ontem tive um jantar com os meus "novos" amigos do qual saí bastante antes com uma desculpa esfarrapada, mas sentia-me totalmente desintegrado, sem qualquer envolvimento com aqueles desconhecidos companheiros diários que já fazem parte da minha vida. Tudo isto me leva a crer então que o problema está em mim e não no mundo ( o mítico paradoxo de sempre), ou seja, a crise de identidade está ao rubro.
Nunca fui pessoa de me queixar, muito pelo contrário, sou daquelas que engole tudo e mais alguma coisa para que o dia, a semana... sejam perfeitos, e no entanto parece que não está a resultar! Preciso de amor, de vontade e positivismo para andar bem.
Quando trabalho afincadamente em prol de um futuro próximo nada mais parece existir, os dias parecem fundir-se uns com os outros sem que qualquer outra coisa me ocupe o pensamento, mas agora, faltam muitas coisas, e devido ao "free time" os pensamentos indevidos assaltam o meu espírito a toda a hora. Quero alguém ideal, alguém que me ame, que me proteja, que se dedique, quero uma relação verdadeiramente utópica. Será que esse alguém existe?

1 koment:

Dogma Central tha...

Relaxa, não tens de ter um sorriso de orelha a orelha todos os dias, há dias em que temos de andar de trombas.

E claro que está aí algures esse alguém, quando menos esperares aparece.